terça-feira, 16 de junho de 2015

Chuva…

Chuva…
Hamilton Ramos Afonso.
As lágrimas dos céus que se desprendem...
em forma de chuva,
agua benfazeja,
é acolhida de forma sôfrega
pela terra seca ,
como uma mulher acolhe
as caricias do seu amante.

O cheiro a terra molhada
que inebria os sentidos
lembra o cheiro almiscarado
do corpo e da pele desprendido
pelos preparativos do acto de amor carnal
Depois a terra oferece-se desejosa,
às mãos experientes e calejadas de quem ,
com muito amor, e carinho a amanha,
a semeia e cuida para que esta se multiplique
em frutos que se transformarão
no nosso pão de cada dia.


In, « Amores em Terra de Bruma e de Lava », Editora APMC, São Paulo, Brasil ( a publicar em breve )

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